Fernando Valente enfrenta acusações graves relacionadas com o desaparecimento e morte de Mónica Silva, com depoimentos contraditórios que complicam a sua defesa
O caso que chocou a Murtosa continua a dar que falar, e novos desenvolvimentos surgiram sobre Fernando Valente, o empresário acusado de matar Mónica Silva, em outubro do ano passado. Atualmente, Fernando Valente está a cumprir prisão domiciliária em Gaia enquanto aguarda o início do julgamento, depois de ter sido alvo de medidas de coação rigorosas impostas pelo tribunal.
O empresário enfrenta uma série de acusações graves: homicídio qualificado, aborto agravado, ocultação e profanação de cadáver, além de crimes de acesso ilegítimo e tentativa de introdução de nota falsa em circulação. Estes crimes, de extrema gravidade, foram apresentados pelo Ministério Público de Estarreja, reforçando a complexidade e a seriedade do caso que tem mantido a Murtosa sob um manto de inquietação.
Em um ponto particularmente revelador, surgem depoimentos contraditórios que complicam a narrativa apresentada por Fernando Valente. O arguido admitiu, no único encontro íntimo que disse ter tido com Mónica Silva, em janeiro de 2023, ter usado o seu próprio automóvel. No entanto, os pais de Valente, Manuel Valente e Rosa Cruz, desmentem esta versão ao confirmarem o encontro, mas afirmando que este ocorreu no carro de Mónica Silva. Estes depoimentos, recolhidos pela Polícia Judiciária de Aveiro, podem vir a desempenhar um papel crucial na avaliação das provas e na construção da acusação.
O desaparecimento e a morte de Mónica Silva, uma jovem que carregava sonhos e esperanças, continuam a alimentar o mistério e a dor da comunidade local. A Murtosa, pequena e pacata, tornou-se palco de uma tragédia que muitos descrevem como um enigma difícil de suportar. O julgamento promete trazer à tona mais detalhes e, possivelmente, respostas às questões que continuam a assombrar familiares e amigos da vítima.
A data do julgamento ainda não foi marcada, mas a expectativa é alta. As testemunhas, as provas e os argumentos das partes serão minuciosamente analisados para determinar se Fernando Valente será ou não considerado culpado pelos crimes de que é acusado. Até lá, o empresário continua sob vigilância rigorosa em prisão domiciliária, enquanto a Murtosa aguarda, esperançosa por justiça.