Enganada, presa e obrigada a tomar ansiolíticos. Carina de Casados relata que passou mal com Luís após o programa acabar

Carina Lopes quebrou o silêncio após o fim do romance e lançou duras críticas a Luís.

Estalou o verniz entre Carina Lopes e Luís, ambos de 38 anos de idade. Os ex-concorrentes de Casados no Paraíso separaram-se no início deste ano e, agora, a antiga concorrente decidiu quebrar o silêncio e tecer duras críticas ao ex-companheiro.

Visivelmente revoltada, a ex-candidata da Margem Sul acusa o cavaleiro de a ter enganado após o término das gravações. “O que ele mostrou no decorrer do programa era uma personagem e o que ele me mostrou a mim, dentro de casa e no dia a dia, era o oposto. Enganou-me a mim e a Portugal inteiro. Ficou tudo a pensar que ele era um principezinho”, começa por dizer à revista TV7 Dias.

Após a participação no Casados no Paraíso, Carina mudou-se para a quinta de Luís, onde passaram a residir. Só que o sonho que viveram nas Filipinas, onde gravaram o programa e se apaixonaram, deu lugar a um pesadelo. “Ele não queria trabalhar, passava os dias inteiros de pijama no sofá, sem fazer nada, tentou vender os cavalos que tinha, porque davam trabalho, se arranjou uma ou outra vez um clube de padel para dar aulas, era muito longe… e agia de maneira a que depois acabasse por sair”, acusa.

A ex-concorrente era a única com um trabalho regular. E, de certa forma, quem sustentava a família. “Eu acabava por estar a trabalhar o dia inteiro. Tal como ele disse na ‘Júlia’, que eu passava o dia inteiro fora de casa, é verdade, mas a trabalhar e não porque ia almoçar aqui ou ali. Só eu é que trabalhava e tínhamos de ter dinheiro para nos sustentarmos. Alguém tinha de ir trabalhar. Era eu que fazia as compras todas para a casa, para os cães, só quando ele ia, o que era raro, é que ele pagava”, insiste, visivelmente chateada. Luís não a ajudaria sequer a limpar a casa. “As limpezas lá de casa era eu que tinha a obrigação de fazer. Cheguei a pedir-lhe ajuda, andava superexausta e tinha de fazer tudo em casa, e ele disse que não tinha a obrigação de limpar. Como não gosto de viver no meio da porcaria, ia-me desdobrando“, lembra.

Os dois residiam numa quinta num local isolado e, por isso, Carina Lopes sentia-se presa. “Pouco podia sair dali. Como não tenho carro e aquilo era no meio do nada, só tinha o comboio de hora a hora e acaba cedo, estava muito condicionada e presa”, insiste. Mas o pior foram mesmo os momentos em que se sentiu ignorada pelo parceiro. “Ele tratava-me com indiferença, eu ia pra casa com um nível de ansiedade brutal. Sentia-me a empregada dele, ele nunca dormia comigo, por exemplo. Deitava-me relativamente cedo, por volta das 23 horas, às vezes acordava às seis da manhã ia ele deitar-se. Era raro o dia em que dormia comigo, só no início mesmo. Ou dormia no sofá ou a meio da noite ia para a cama.”

Luís e Carina estiveram juntos durante cerca de oito meses. E chegaram a zangar-se por diversas ocasiões. Aliás, o cavaleiro acabou mesmo por expulsá-la da quinta. “Não me dava um carinho, não me dizia nada de bonito. Já me tinha posto fora de casa várias vezes, quando eu lhe dizia algumas coisas que ele não gostava de ouvir. Eu desvalorizava e aquilo passava”, recorda. Até ao dia em que a rapariga decidiu mesmo seguir com a sua vida. “Ele disse-me para eu ir embora, na noite anterior a eu sair. Eu não lhe disse nada e, de manhã, aproveitei que ele tinha saído de casa para fazer um exame e saí.”

Em duas horas, com a ajuda de alguns familiares, fez a mudança. Mas ainda deixou várias coisas na quinta. “Trouxe a minha roupa, a minha televisão, a mesa da sala e a minha cama. Deixei o quarto do meu filho e a minha sala toda”, solta. E ainda acrescenta: “Já não era eu, estava num nível de stress e ansiedade, tristeza, por tudo, por me sentir enganada, por não perceber o que se passava para ele estar a agir assim. Uma revolta. Ah, e trouxe os meus cães.” Este pesadelo obrigou-a a voltar a tomar medicação. “Na altura já não estava a tomar nada, mas senti a necessidade de ir outra vez (ao médico). Voltei aos ansiolíticos, antidepressivos, comecei a sentir-me sem vontade de fazer nada. Agora, já larguei, porque comecei a ter efeitos secundários. Só tomo em SOS.”

Agora, enquanto tenta refazer a sua vida, Carina Lopes só pede paz. Mas não esconde que este pesadelo a fez reviver traumas do passado. “Custa-me imenso saber que do outro lado aquilo não passou de uma fantochada. Sinto-me usada, muito. Ele sabia dos problemas que eu tinha em confiar, e custa-me perceber que as pessoas são tão egoístas ao ponto de fazer mal às outras em seu benefício”, lamenta.