M.T.: Talvez depois quando começa tudo a voltar ao normal. E as marcas vêm ter connosco, a dizer: “Olhem que giro este conteúdo dentro daquilo que vocês comunicam, podia ser giro comunicar desta forma a nossa marca”. Eu sou licenciada em Design Gráfico, portanto, volto a juntar-me à publicidade, que foi a minha licenciatura, e começou tudo a desenvolver-se.
J.K.: Eu acho que aqui a grande diferença foi que nós fomos pioneiros nesta mudança digital que foi o aparecimento dos microvídeos. Não existiam. Publicavas vídeos longos ou publicavas fotografias no Instagram e nas plataformas, e o TikTok veio revolucionar isso com vídeos de 15, 20 segundos. Nós temos mais de dois milhões de seguidores no TikTok, é muita gente. Lembro-me de no início, ainda a meio de 2020, íamos à televisão e as pessoas perguntavam-nos o que é isso do TikTok? E já tínhamos um conhecimento muito grande sobre o assunto. Cheguei a ser convidado pelo diretor internacional do TikTok para dar uma palestra às 50 maiores marcas nacionais. Portanto, o TikTok entra depois em força em Portugal no mercado da publicidade.
Onde se mantêm?
J.K.: Onde nos mantemos e nos divertimos muito, e, inclusivamente, já trouxe trabalho não só para ambos mas também para o Gabriel.
Porque o Gabriel também participa em alguns vídeos que vocês vão fazendo, não é?
M.T.: Sim, sim, na altura que nós começámos, ele também estava em casa, ia participando e divertindo-se. Hoje em dia, às vezes, até vem com uma ideia ou outra. Ele está muito ligado ao futebol e gosta de partilhar algumas coisas e curiosidades acerca do futebol. É um bocadinho um divertimento em família.
Tirando as redes sociais e a peça, em que outros projetos estão envolvidos?
M.T.: Eu tenho o meu projeto, o Funny Cook, que já tem oito anos de existência, em que tenho um livro e faço workshops ao longo de todo o ano, em todo o País. É um projeto que tenho juntamente com a APCOI, a Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil, e a minha missão é, de facto, a partir desta atividade culinária interativa com as crianças, tentar que elas consigam perceber outras sugestões que são importantes na vida delas, e que possam ter uma alimentação mais correta e mais saudável. Nos próximos meses, terei um novo livro, que está associado também a lancheiras saudáveis. E mantenho-me a fazer dobragens para uma novela que está a passar na SIC.
Gostava de voltar a representar em televisão?
M.T.: Sim, gostava.
Completamente aberta a convites?
M.T.: Sim, sim. Já sabemos que isso nunca depende exclusivamente de nós. Mas continuamos a ser chamados até, inclusivamente, para castings internacionais, que era uma coisa que eu também gostava muito de fazer. É uma luta contínua, temos de estar sempre à procura de novas oportunidades, mas também como não somos pessoas de ficar à espera que as coisas caiam do céu, também lutamos por elas. É importante lutar pelos nossos sonhos, acreditar que realmente conseguimos chegar lá e temos mesmo de trabalhar para isso.
Kapinha, a que outras áreas se mantém ligado?
J.K.: Eu acabei de fazer uma participação na novela A Fazenda, na TVI, enquanto ator. Foi muito giro, gostei imenso. E depois, paralelamente, desde sempre, eu formei-me em Engenharia Eletrotécnica, no Técnico, e mantenho essa atividade na Casa Sonotone, a empresa mais antiga de aparelhos auditivos em Portugal, da minha família. Eu mantenho-me na parte do marketing e publicidade, gestão de projetos, parcerias e protocolos.
Como definem o vosso filho, Gabriel, nesta altura do campeonato?
J.K.: O Gabriel é um menino de ouro, graças a Deus. Às vezes, as pessoas perguntam: “E agora, quando é que vem a menina?” E eu, na brincadeira, digo assim: “Nós não vamos ter mais filhos, porque se fizermos mais algum vamos estragar”. Não conseguimos fazer melhor.
E não querem mesmo ter mais filhos?
M.T.: Acho que nesta fase, se calhar, já não. Não pensamos nisso.
Ele nunca pediu irmãos?
M.T.: Não, por acaso, uma vez falámos quando ele tinha quatro ou cinco anos. Eu pensei que se calhar seria uma boa altura. E, entretanto, falámos sobre isso, mas os três não estávamos muito motivados para que acontecesse. Mas o Gabriel tem muitos primos. A minha irmã tem três filhas. Da parte do Kapinha também tem mais dois primos. Não são irmãos, óbvio, mas são primos muito próximos que dormem lá em casa, passam o fim de semana, férias, e depois, ao mesmo tempo, tem também os seus momentos com os seus amigos, está numa fase em que gosta de estar muito com os amigos e jogar futebol. Está tudo em harmonia.
J.K.: Como eu disse anteriormente, ele é um menino de ouro, porque é um menino muito bem-educado, felizmente, é uma pessoa muito meiguinha. Eu lembro-me de que o meu melhor amigo, que tem uma filha, me dizia que as meninas eram mais meiguinhas com os pais. E sinto que o Gabriel é muito meiguinho, é muito fofinho. Gosta de carinhos, gosta de dar beijinhos. É um ótimo aluno, felizmente. Como se costuma dizer, é um grande compincha.
Lembrando de novo o nome da peça, Despedida de Casados, vocês não são casados?
J.K.: Não, nós não somos casados no papel.
Mas chegou a haver o pedido, Kapinha?
J.K.: Não.
M.T.: Kapinha ou Mafalda (risos).
Claro que sim, qualquer um de vós podia fazê-lo. Mas, então, quer dizer que não houve ainda um pedido de casamento?
J.K.: Não, na realidade, acho que nunca se concretizou, porque foi tudo muito rápido. Nós éramos namorados, a Mafalda vivia na casa da mãe, eu vivia na casa da minha mãe. A Mafalda engravidou e de um momento para o outro a vida deu uma volta de 180 graus, porque nós íamos passar a viver juntos, íamos ser pais, íamos ter uma criança.
M.T.: Tudo ao mesmo tempo.
J.K.: Portanto, aquilo foi uma coisa muito rápida. Não tínhamos casa. Também confesso que não é uma coisa que para nós faça uma grande diferença, assinar um papel de casamento. Não é isso que une as pessoas. Os sentimentos verdadeiros, esses, sim. E acho que, talvez por isso, passou um bocadinho en passant.
Mas não gostavam de fazer uma festa para a família e amigos, para celebrar o amor e a vossa união?
M.T.: Para mim, se há festa está sempre tudo bem. E se algum dia fizéssemos uma comemoração destas, eu gostava que fosse assim numa altura que tivéssemos a oportunidade de oferecer uma viagem a todos para uma praia paradisíaca. Tudo de pezinho na areia, com o mar quentinho, e ficávamos um dia a festejar.
Portanto, um dia pode acontecer este casamento?
M.T.: Pode, sim (risos).
J.K.: É uma sugestão que fica no ar.
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