A informação foi confirmada à agência Lusa pelo realizador Nuno Beato, que destacou o papel fundamental de Diogo na internacionalização da animação portuguesa.
Nascido em Madrid, em 1977, Diogo Carvalho viveu e desenvolveu a sua carreira em Portugal, dedicando-se à animação desde 2001. Em 2006, integrou a produtora Lampadacesa, onde trabalhou na curta-metragem Cândido, de José Pedro Cavalheiro (Zepe). Mais tarde, especializou-se na produção, tornando-se um dos nomes de referência do setor, com destaque na produtora Sardinha em Lata.
Ao longo da sua carreira, Diogo Carvalho esteve envolvido na produção de várias obras de renome, incluindo as séries de animação Ilha das Cores, Ema & Gui e O Diário de Alice. No cinema, produziu a longa-metragem Os Demónios do Meu Avô, de Nuno Beato, além das curtas-metragens premiadas Viagem a Cabo Verde (José Miguel Ribeiro), Olhos do Farol (Pedro Serrazina) e The Monkey (Lorenzo Degl’Innocenti e Xosé Zapata), esta última distinguida com um Prémio Goya em 2022.
A sua influência foi determinante na visibilidade da animação portuguesa no cenário internacional. Nuno Beato sublinhou que Diogo foi um dos produtores que mais projetou o audiovisual português em festivais e mercados estrangeiros, consolidando Portugal como referência no setor.
A morte de Diogo Carvalho representa uma grande perda para o cinema de animação e para a cultura portuguesa. Profissionais da área e admiradores do seu trabalho prestam-lhe agora homenagem, reconhecendo o seu legado na arte da animação.