André Ventura sofreu um episódio de mal-estar durante um jantar-comício em Tavira, no Algarve, na noite de terça-feira, 13 de maio. O momento gerou alarme entre os presentes, depois de o líder do Chega ter interrompido o discurso, colocado a mão no peito e mostrado sinais visíveis de desconforto.
De imediato, foi prestada assistência no local, com Ventura a ser posteriormente transportado de ambulância para o Hospital de Faro. O incidente causou preocupação generalizada, dado o contexto eleitoral e a natureza súbita dos sintomas.
Após uma noite de observação e exames, foi confirmado que o político sofreu um espasmo esofágico — uma condição que provoca dores fortes no peito e que pode facilmente ser confundida com um enfarte. Esta confirmação afastou a hipótese de um problema cardíaco.
O espasmo esofágico, embora não seja uma condição fatal, é extremamente desconfortável e pode afetar significativamente a qualidade de vida no curto prazo. Os sintomas incluem dor torácica intensa, dificuldade em engolir e sensação de opressão no peito.
Com alta hospitalar concedida na manhã do dia 14 de maio, Ventura regressou ao hotel de campanha para repouso. A decisão de suspender temporariamente a sua presença física nas ações eleitorais foi tomada com base na recomendação médica.
Estava prevista a sua participação numa arruada em Vila Nova de Milfontes, que acabou por ser cancelada. A campanha do Chega, no entanto, deverá prosseguir sem a sua presença direta nos próximos dias.
O líder do partido partilhou uma mensagem nas redes sociais, agradecendo o apoio, as orações e o trabalho dos profissionais de saúde. Apesar do episódio, mostrou-se determinado em continuar a luta política, mesmo que à distância.
O ritmo intenso da campanha, associado ao stress e à exigência física dos eventos diários, pode ter contribuído para o incidente. Ventura já tinha demonstrado sinais de desgaste em intervenções anteriores.
A sua ausência física nos próximos dias poderá ter impacto na campanha, especialmente num momento decisivo de contacto com os eleitores. No entanto, a máquina partidária mantém-se ativa, com os restantes dirigentes a assegurarem as ações planeadas.
O regresso de André Ventura à campanha dependerá da evolução do seu estado clínico e do cumprimento do repouso recomendado. A expectativa centra-se agora em quando e como o líder do Chega retomará a liderança ativa do processo eleitoral.