André Ventura volta a mostrar-se numa cama de hospital

André Ventura, líder do partido Chega, viveu um momento de tensão e preocupação esta quinta-feira, ao sentir-se mal durante uma ação política em Odemira. O episódio ocorreu após declarações aos jornalistas, enquanto caminhava pelas ruas da vila alentejana, num contacto direto com a população. Subitamente, o político revelou sinais evidentes de indisposição, levando a mão ao peito e ao pescoço, o que gerou alarme entre os presentes.

O desconforto físico foi imediatamente percebido pelos seus seguranças, que o ampararam para evitar uma possível queda. Segundo relatos, Ventura terá exclamado “Ai o meu coração”, sinalizando que a origem do mal-estar poderia estar relacionada com o sistema cardiovascular. Apesar de tentar retomar a caminhada, tornou-se evidente que não tinha condições para continuar.

Após ser colocado no seu carro para repousar, foi rapidamente acionado o INEM. A ambulância chegou em poucos minutos e prestou os primeiros socorros no local, determinando que o quadro exigia avaliação hospitalar. Às 12h20, Ventura foi transportado para uma unidade de saúde em Odemira, onde foram feitos os primeiros exames e observações clínicas.

Dada a natureza dos sintomas, os médicos optaram por transferi-lo para o Hospital de Santiago do Cacém, onde chegou de maca, visivelmente debilitado. A transferência foi feita na única ambulância do INEM disponível na região preparada para emergências cardíacas, o que ilustra a gravidade com que foi tratado o episódio.

No Hospital de Santiago do Cacém foram realizados exames complementares que levantaram a necessidade de um cateterismo. Este procedimento é utilizado para avaliar o estado das artérias coronárias e detetar eventuais obstruções ou lesões que possam estar a comprometer o fluxo sanguíneo para o coração.

Por esse motivo, Ventura foi novamente transferido, desta vez para o Hospital de Setúbal, onde seria submetido ao exame. O diretor do serviço de urgências do hospital anterior esclareceu que o cateterismo é uma técnica essencial para compreender o estado cardíaco do paciente e tomar decisões clínicas adequadas.

Apesar da situação clínica ser ainda avaliada, Ventura demonstrou prontamente a intenção de manter o contacto com os seus seguidores, publicando uma mensagem nas redes sociais. Na publicação, classificou o episódio como “um contratempo e uma dificuldade”, mas garantiu que não seria suficiente para o abalar ou desviar dos seus objetivos políticos.

A mensagem foi recebida com preocupação, mas também com uma onda de solidariedade por parte dos seus apoiantes, que deixaram mensagens de força e votos de melhoras. A forma como comunicou o episódio revela uma tentativa de manter o moral elevado, mesmo perante um momento de fragilidade.

Este incidente levanta novamente a discussão sobre a pressão intensa a que os líderes políticos estão sujeitos, especialmente em contextos de campanha ou atividade pública constante. O desgaste físico e emocional pode ter repercussões sérias na saúde, tornando essencial que se adotem medidas de prevenção e acompanhamento médico regular.

Resta agora aguardar pelos resultados dos exames e pela evolução do seu estado de saúde nas próximas horas. A comunidade política e a opinião pública estarão atentas, não apenas por tratar-se de uma figura mediática, mas também por representar um partido que tem ocupado um espaço relevante no cenário político nacional.