André ventura atacado!

A controvérsia em torno da atuação de Nininho Vaz Maia na Feira de Maio da Azambuja continua a escalar, com fortes declarações do vice-presidente da Câmara Municipal, António Matos, que acusa o partido Chega de oportunismo político. A origem do conflito está num comunicado emitido pelo Chega a pedir o cancelamento do concerto do cantor, alegando ligações a investigações judiciais — embora o artista não seja o principal visado.

Em entrevista à CMTV, António Matos, eleito pelo Partido Socialista, foi claro ao apontar o dedo ao Chega, acusando-o de usar o caso como manobra de capitalização política após os recentes ganhos eleitorais. “Mostraram ao que vêm”, disse, sublinhando que a ação do partido surgiu num momento em que “acharam que tinham o povo do lado deles”.

Matos classificou a atitude do Chega como “perigosa e discriminatória”, rejeitando qualquer conotação étnica associada às críticas dirigidas a Nininho Vaz Maia. “Isto não tem nada a ver com etnias, mas o Chega veio mostrar que tem aqui uma forma muito estranha de ser e de estar”, afirmou, defendendo que a população local está solidária com o artista e não se revê na postura do partido de André Ventura.

A Câmara Municipal mantém a atuação agendada para sábado, reforçando a sua posição de apoio ao cantor e à liberdade cultural. Enquanto isso, o tema segue a alimentar divisões nas redes sociais, com figuras públicas como Sara Norte e Rúben Vieira a saírem em defesa de Nininho Vaz Maia, em contraste com os apelos do Chega.