Ainda sob o impacto dos resultados das últimas eleições legislativas e no meio das tensões visíveis entre a Aliança Democrática (AD) e o Chega sobre uma possível colaboração governativa, declarações de Daniel Oliveira geraram polémica. Durante a emissão da Grande Edição da SIC Notícias, na terça-feira, 20 de maio, o comentador afirmou: “Eu não quero a AD morta, eu quero o Chega! Eu quero que o Chega morra, não é que a AD morra.“
As palavras de Daniel Oliveira foram rapidamente interpretadas como um ataque direto ao partido liderado por André Ventura, que não tardou em reagir através das redes sociais. “Dizem-se muito ‘democratas’ e ‘tolerantes’, mas à primeira oportunidade querem ‘matar’ um partido eleito democraticamente“, escreveu Ventura, acrescentando: “Os comentadores do Sistema espalham ódio contra o Chega, em direto, a toda a hora, e nada lhes acontece! O Chega veio para ficar e nenhuma ameaça nos vai fazer parar!“
As declarações de ambos reacendem o debate sobre os limites da linguagem política e do papel dos comentadores no espaço mediático. Enquanto uns defendem que Daniel Oliveira falava de forma figurada e em termos ideológicos, outros acusam-no de discurso intolerante. A reação de Ventura, por sua vez, reforça o tom de confronto que tem marcado a postura do Chega em relação ao sistema político tradicional e à comunicação social.
O ambiente político permanece tenso, com as negociações para a formação de governo ainda envoltas em incerteza, e com o papel do Chega como eventual aliado ou força de bloqueio a ser tema central na opinião pública e nos bastidores da política nacional.
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