André Ventura assume protagonismo na oposição e revela problemas de saúde durante campanha
Na sua primeira entrevista após as legislativas, André Ventura voltou ao centro do debate político, desta vez com o duplo objetivo de reforçar a imagem de líder da oposição e de partilhar aspetos pessoais até então desconhecidos. O líder do Chega não poupou críticas ao Governo de Luís Montenegro, prometendo um papel ativo e combativo no Parlamento.
Ventura afirmou-se como o verdadeiro rosto da oposição, frisando que o Chega é o único partido disposto a confrontar o Executivo sem hesitações ou conivências silenciosas. Lançou críticas à “passividade” das restantes forças políticas e rejeitou qualquer envolvimento em “acordos de bastidores”.
Um dos momentos mais marcantes da entrevista foi a revelação de dois episódios de espasmos esofágicos que o levaram ao hospital durante a campanha eleitoral, em Faro e Setúbal. Segundo o próprio, o stress, o refluxo gástrico e a tensão arterial elevada estiveram na origem dos incidentes. No entanto, garantiu que isso não o demoveu da luta política.
O estado do Serviço Nacional de Saúde foi outro dos alvos principais do líder do Chega. Ventura denunciou o encerramento de urgências e acusou o Governo de falta de coragem para implementar reformas estruturais. Na sua perspetiva, há um colapso iminente do sistema, com os cidadãos a ficarem “à sua sorte”.
No campo da segurança e da justiça, voltou a insistir em medidas firmes e reformas profundas, defendendo que o país precisa de respostas eficazes e imediatas. As promessas de “combate sem tréguas” no Parlamento foram repetidas ao longo da conversa.
Apesar dos desafios de saúde, Ventura assegurou que a sua dedicação política não vacilou. Continuou ativo nas redes sociais e nos bastidores da campanha, apresentando-se como um líder persistente, resiliente e conectado com a base eleitoral.
A entrevista terminou com um apelo à mobilização, dirigido aos eleitores que desejam uma mudança real. Ventura garantiu que o Chega continuará a crescer, pronto para fiscalizar, confrontar e marcar presença como oposição firme no atual cenário político.