Esse episódio evidencia o poder das redes sociais na dinâmica política contemporânea, especialmente quando eventos pessoais dos líderes são usados (ou interpretados) como ferramentas de comunicação. André Ventura capitalizou fortemente o momento de vulnerabilidade — o internamento hospitalar — para se humanizar perante o eleitorado, conseguindo um alcance sem precedentes. A foto no hospital, simples mas carregada de simbolismo (o gesto do “fixe”, a pulseira laranja, o tom positivo), ressoou com milhões.
Enquanto os adversários se mantiveram em formatos mais tradicionais ou comemorativos (como Inês Sousa Real com o seu gato ou mensagens protocolares de recuperação), Ventura destacou-se por unir emoção, presença constante nas redes e o timing perfeito num momento de visibilidade elevada. O relatório do MediaLab–CNE mostra como essa conjugação pode alterar o equilíbrio da atenção digital — uma variável cada vez mais determinante nas campanhas eleitorais.