Mãe opta pela criogenia após perda trágica do filho: “Recuso-me a deixar que a história dele termine em silêncio”
Clare McCann viveu o pior pesadelo de qualquer mãe: a perda prematura do filho, Atreyu, vítima de um caso grave de bullying escolar que terminou em tragédia. Inconformada com a ausência de justiça e determinada a manter viva a memória do filho, Clare decidiu recorrer a um método científico controverso: a criogenia.
A decisão de preservar o corpo do filho em criogenia visa manter aberta uma possibilidade — por mais remota ou futurista que pareça — de que um dia a ciência possa permitir que ele volte à vida. Para Clare, é uma escolha de, amor e resistência.
“Trata-se de esperança e justiça. Recuso-me a deixar que a história do meu filho termine em silêncio”, declarou Clare, numa entrevista emocionada que comoveu milhares de pessoas nas redes sociais.
A criogenia consiste na preservação de corpos humanos em temperaturas extremamente baixas, com a expectativa de que avanços tecnológicos futuros permitam a reanimação e tratamento de doenças incuráveis na atualidade.
Embora ainda envolta em polêmica e sem garantias científicas de sucesso, a criogenia atrai cada vez mais atenção de famílias em situações-limite, que buscam alternativas para enfrentar a perda.
Especialistas continuam divididos sobre a validade do processo. Para muitos, trata-se de uma esperança ilusória. Para outros, é uma forma legítima de não encerrar prematuramente uma vida, principalmente quando essa vida foi interrompida de forma injusta.
Para Clare, não se trata de uma questão científica, mas de um ato de amor incondicional. “Se existe uma possibilidade, mesmo mínima, de que o meu filho possa voltar um dia, eu vou agarrá-la com todas as minhas forças.”
A iniciativa tem despertado comoção e apoio público. Uma campanha de financiamento coletivo já reuniu uma parte significativa dos fundos necessários para o processo de criogenia.
Clare deixou claro que, caso ultrapasse o valor necessário, todo o montante extra será investido em causas sociais, especialmente no combate ao bullying — a raiz da tragédia que lhe tirou o filho.
Está prevista a criação da Fundação Atreyu, uma entidade que visa apoiar crianças vítimas de bullying e promover ambientes escolares mais seguros e compassivos.
“A dor que sinto é irreparável. Mas não posso permitir que ela seja em vão. Quero transformar essa dor em algo que faça diferença na vida de outras crianças”, afirmou Clare.
A história de Atreyu começa agora a ganhar um novo capítulo: não apenas como símbolo de uma perda, mas como motor de mudança social e científica.
Nas redes sociais, a comoção é evidente. Centenas de mensagens de solidariedade, apoio e doações continuam a chegar todos os dias. A imagem do pequeno Atreyu tornou-se um emblema de luta contra a crueldade escolar.
Muitas famílias que viveram situações semelhantes começaram a partilhar os seus testemunhos, criando uma onda de empatia e reflexão sobre os efeitos duradouros do bullying infantil.
Entidades de defesa dos direitos das crianças já expressaram apoio à criação da Fundação Atreyu e ofereceram parceria para ações de sensibilização em escolas de todo o país.
Embora o futuro da criogenia permaneça incerto, o gesto de Clare já teve impacto real — unindo pessoas, gerando debates e inspirando uma nova abordagem sobre perda, ciência e direitos das crianças.
“Esta não é apenas a história do meu filho. É a história de muitas crianças que sofrem caladas, e de muitos pais que se sentem impotentes”, afirmou Clare, visivelmente emocionada.
A luta agora ultrapassa os limites da ciência. Clare tornou-se uma voz ativa por justiça emocional, segurança escolar e inovação científica, canalizando a dor para transformar a realidade de outras famílias.
Se o futuro permitirá ou não o reencontro entre Clare e Atreyu, ninguém sabe. Mas, para a mãe, o mais importante é manter viva a chama da esperança — e garantir que o nome do filho continue a fazer a diferença no mundo.