Na manhã do dia 6 de maio, por volta das 7h00, a residência do cantor Nininho Vaz Maia, situada no concelho de Vila Franca de Xira, foi alvo de uma operação da Polícia Judiciária, no âmbito de uma investigação relacionada com uma rede internacional de tráfico de droga. O artista encontrava-se em casa com a esposa e os três filhos menores quando foi surpreendido pela entrada de vários agentes fortemente armados, que cumpriam mandados de busca emitidos pelo Ministério Público.
A operação teve como objetivo a apreensão de dispositivos eletrónicos e documentos que pudessem estar ligados às suspeitas de tráfico de droga e branqueamento de capitais. Os inspetores revistaram minuciosamente toda a casa, levando consigo telemóveis, computadores e outros equipamentos digitais, incluindo os pertencentes aos filhos do casal, um detalhe que, segundo fontes próximas, provocou grande tensão e impacto emocional na família.
Durante a busca, foram ainda encontrados produtos suspeitos, nomeadamente anabolizantes, que serão agora analisados para apurar a sua legalidade e eventuais ligações a outras atividades ilícitas. Apesar da gravidade do cenário, Nininho Vaz Maia não foi detido, mas foi constituído arguido e levado para as instalações da Polícia Judiciária, onde prestou declarações no âmbito do inquérito. De acordo com fontes próximas, o cantor colaborou com as autoridades desde o primeiro momento.
As suspeitas recaem sobre uma rede que alegadamente utilizava comunicações encriptadas para organizar esquemas de transporte aéreo de droga. A recolha de dados digitais é considerada crucial para estabelecer as ligações entre os diferentes elementos investigados. Ainda que o nome de Nininho Vaz Maia tenha vindo a público, tudo indica que o artista não é o principal alvo da investigação, mas sim uma figura com possível ligação a membros centrais da rede criminosa.
Através de um comunicado oficial, a equipa do cantor afirmou confiar plenamente na justiça e garantiu a total disponibilidade de Nininho para colaborar com todas as diligências necessárias. Reforçaram ainda a sua inocência e pediram respeito pelo momento delicado vivido pela família, que foi apanhada de surpresa pela operação.
O caso continua sob investigação por parte da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes da Polícia Judiciária e do Ministério Público de Loures. Até que todas as provas sejam analisadas e os factos apurados, prevalece a presunção de inocência de todos os envolvidos.