Novos elementos sobre o suposto esquema de tráfico de droga ligado a Nininho Vaz Maia sugerem uma dinâmica distinta da inicialmente avançada. Segundo Carlos Anjos, antigo inspector-chefe da Polícia Judiciária, em declarações ao Correio da Manhã, o músico teria uma função operacional na situação.
“Aqueles que recebiam o produto dos líderes e que depois a faziam escoar. Um desses era Nininho Vaz Maia. Nas digressões ao estrangeiro era suspeito de levar. Podem ter utilizado as suas viaturas ou de pessoas ligadas ao espetáculo para que a droga fosse levada para fora do país“, disse.
A investigação, no âmbito da ‘Operação Skys4all’, levou a Polícia Judiciária a realizar buscas na residência do artista, após análise de mensagens trocadas através da plataforma Sky ECC. Fontes policiais confessaram-se “surpreendidas” com as medidas de coação aplicadas, consideradas “leves“, dado existirem “provas suficientes” para medidas mais severas. O despacho judicial menciona ainda a ligação do cantor a Mauro Wilson, alegado líder da rede, com o intuito de distribuir cocaína em Portugal e Espanha.
O advogado de defesa, Carlos Melo Alves, contrapõe, afirmando que as medidas “comprovam que a investigação tem poucos indícios“. A posição contrasta com a convicção da PJ, que defende a “responsabilização” de todos os arguidos pelos crimes imputados. O caso continua a desenvolver-se, com o músico de 37 anos formalmente acusado de tráfico internacional e associação criminosa.