A Sky ECC, uma aplicação encriptada de comunicações, tornou-se uma peça central em várias investigações criminais desde que foi comprometida pelas autoridades em 2021. Comercializada fora das lojas oficiais, a app era distribuída como parte de um pacote completo, em que o dispositivo vinha já modificado e pronto a usar, com pagamentos feitos muitas vezes em dinheiro vivo ou criptomoedas. Com preços que variavam entre os €1.000 e os €2.000 anuais, a Sky ECC assumia-se como uma “ferramenta de privacidade”, mas acabou por se tornar num canal privilegiado para redes criminosas trocarem mensagens longe dos olhares da polícia — até à sua descodificação.
Neste contexto, o nome de Nininho Vaz Maia surge associado a uma operação da Polícia Judiciária que visa desmantelar uma rede de tráfico de droga com ligações à América do Sul. Segundo informações disponíveis, a alegada ligação do cantor a esta rede terá sido estabelecida com base em conteúdos extraídos da Sky ECC, embora não sejam conhecidos, até ao momento, detalhes específicos sobre o grau de envolvimento ou o conteúdo das comunicações atribuídas ao artista. A situação coloca, assim, a aplicação no centro de mais uma polémica que cruza o mundo do crime com o universo mediático.