A cantora Maria Lisboa foi condenada esta segunda-feira a três anos e cinco meses de prisão, com pena suspensa, na sequência de um processo judicial envolvendo a sua antiga agente. O tribunal deu como provadas acusações de furto qualificado e agressões, num litígio que se arrastava há meses e que teve origem em alegações mútuas entre artista e empresária. A pena, suspensa por igual período, implica que a cantora apenas cumprirá prisão caso cometa outro crime doloso durante esse tempo.
O caso começou com Maria Lisboa a acusar a ex-agente de cobranças abusivas, alegando ter sido explorada financeiramente com valores superiores aos acordados. Em contrapartida, a agente denunciou comportamentos agressivos e retaliações, que incluíam atos de vandalismo, perseguições e furtos. As autoridades investigaram os relatos de ambas as partes, mas foi a versão da empresária que acabou por prevalecer em tribunal.
Durante o julgamento, foram apresentadas provas que indicavam que Maria Lisboa entrou na casa da ex-agente, de onde retirou diversos bens pessoais e causou estragos significativos. Testemunhas confirmaram episódios de agressividade, e a perícia forense corroborou os danos materiais denunciados. O juiz considerou os elementos suficientes para sustentar a acusação de furto qualificado e atos de violência.
Para além da pena suspensa, Maria Lisboa foi ainda condenada ao pagamento de uma indemnização à antiga agente, referente aos prejuízos causados tanto pelos objetos furtados como pelos danos físicos e psicológicos. O valor exato não foi revelado, mas a defesa da vítima terá exigido compensações avultadas. A condenação tem assim também um peso financeiro direto para a artista.
A decisão judicial representa um duro golpe para a imagem pública de Maria Lisboa, uma figura bem conhecida da música ligeira portuguesa. O caso, amplamente seguido pela imprensa, suscitou reações mistas entre os fãs: alguns manifestaram solidariedade com a cantora, outros criticaram os comportamentos agora validados pelo tribunal. A sua equipa legal ainda não confirmou se irá recorrer da sentença.
A pena suspensa implica vigilância apertada sobre a conduta futura da artista. Caso volte a envolver-se em qualquer incidente criminal nos próximos três anos e cinco meses, poderá ver a suspensão revogada e cumprir efetivamente a pena em regime prisional. O tribunal deixou claro que, apesar da suspensão, a gravidade dos atos não será esquecida.
Resta agora saber como Maria Lisboa irá reagir a esta decisão e se continuará a manter a sua carreira ativa. A sentença representa uma marca indelével na sua trajetória pública, podendo influenciar contratos, atuações e a perceção do público e da indústria sobre a sua conduta e profissionalismo.