A crescente tragédia humanitária na Faixa de Gaza tem gerado ondas de indignação e solidariedade em várias partes do mundo — e Portugal não é exceção. Entre as vozes que se têm levantado, destacam-se figuras públicas como Marisa Liz e José Carlos Pereira, que recorreram às redes sociais para apelar à empatia, à ação e à urgência de uma resposta coletiva face ao sofrimento da população civil.
Marisa Liz, vocalista dos Amor Electro, partilhou um apelo contundente nas suas plataformas digitais, denunciando aquilo que descreve como um “genocídio” em curso. A artista mostrou-se profundamente emocionada e pediu aos seus seguidores que não fiquem indiferentes, incentivando todos a partilhar mensagens diárias a favor da paz, na esperança de gerar impacto através do alcance da internet. “Se todos postarmos uma story todos os dias… talvez a Internet tenha um colapso, porque os seres humanos chegaram”, escreveu, num apelo que mistura esperança com desespero.
José Carlos Pereira, ator e também médico, foi um dos que se mostrou particularmente tocado pelas palavras da cantora. Num comentário emocionado, questionou: “E se fossem os nossos?”, referindo-se às vítimas do conflito, e acrescentou: “Que impotência”, acompanhado por um emoji de coração partido. A sua reação espelha o sentimento de muitos que, mesmo longe do conflito, não conseguem ficar indiferentes às imagens e relatos de destruição e sofrimento.
Ambos os artistas destacam a importância de não virar o rosto à dor dos outros. Marisa Liz foi mais longe e afirmou que “não fazer nada é sermos cúmplices deste genocídio”, desafiando todos a refletir sobre a diferença entre não poder agir e simplesmente não querer. O seu discurso, carregado de emoção e urgência, pretende despertar consciências e forçar uma mudança, por mais pequena que pareça.
A mobilização de figuras públicas tem sido essencial para levar esta causa a públicos mais amplos. O uso das redes sociais como ferramenta de protesto e sensibilização tem permitido criar ondas de solidariedade e promover conversas importantes sobre direitos humanos, diplomacia e responsabilidade ética. José Carlos Pereira e Marisa Liz juntam-se assim a um movimento global que recusa o silêncio.
A reação dos fãs e seguidores tem sido maioritariamente de apoio, com centenas de comentários que expressam solidariedade, tristeza e revolta. Muitos admiram a coragem das figuras públicas por usarem a sua visibilidade para amplificar vozes silenciadas, especialmente num momento em que o número de vítimas civis continua a crescer dramaticamente.
Este tipo de intervenção demonstra que a arte e a visibilidade pública também têm um papel político e social relevante. Marisa Liz e José Carlos Pereira mostram que a empatia não conhece fronteiras — e que, por vezes, um simples gesto, uma palavra ou uma publicação pode ajudar a construir um pouco de esperança no meio do caos.