A família benfiquista está de luto com a morte de Artur, uma das lendas mais veneradas da história do clube. O ex-jogador, que faleceu aos 94 anos, foi uma peça fundamental na primeira Taça dos Campeões Europeus conquistada pelo Benfica e também a primeira do futebol português, em 1961. Após uma carreira marcante, Artur retirou-se dos relvados no mesmo ano, mas deixou um legado eterno no clube da Luz.
Durante 12 anos, Artur fez história com a camisola do Benfica, participando em 382 jogos e conquistando cinco campeonatos nacionais e quatro Taças de Portugal. A sua passagem pela seleção nacional também foi marcante, com duas internacionalizações que solidificaram ainda mais o seu nome no futebol português.
Em comunicado oficial, o Benfica expressou as suas condolências à família de Artur, reconhecendo-o como uma figura icónica da história do clube e do futebol em geral. O clube destacou que, além de ser sócio n.º 718, desde outubro de 1949, Artur Santos era também sócio de mérito e mantinha um vínculo forte com a instituição, como presidente do Sport Lisboa e Saudade, um clube fundado por antigos jogadores.
A morte de Artur foi sentida por todos que conviveram com ele ao longo dos anos, incluindo antigos companheiros de equipa. António Simões, uma das grandes figuras da história recente do Benfica, recordou com emoção o impacto que a partida de Artur teve na sua vida: “Conheci o Artur quando ele estava a terminar a carreira dele e eu a começar a minha. Cada vez que vejo um colega meu ir embora, é um pedaço de mim que vai embora também. Nunca estamos preparados para isto”, lamentou Simões, visivelmente tocado pela perda.
A admiração por Artur não se limitava aos seus companheiros de equipa, mas também se estendia aos adversários. Pedro Proença, presidente da Federação Portuguesa de Futebol, também expressou as suas condolências, destacando a figura de Artur como pertencente a uma “geração de ouro” do futebol nacional. Para Proença, Artur representava um exemplo de caráter e desportivismo, características que o tornaram admirado por todos, independentemente do clube em que jogavam.
O futebol português perde assim uma das suas figuras mais respeitadas, um jogador que fez história não só no Benfica, mas no desporto em geral. A sua morte é uma enorme perda, não apenas para o clube da Luz, mas para todo o país, que sempre o viu como um emblema de dedicação e paixão pelo futebol.
Apesar da sua ausência física, o legado de Artur perdurará nas memórias de todos os que testemunharam a sua grandeza dentro e fora dos relvados. A sua história ficará para sempre gravada nos corações dos benfiquistas, que continuarão a celebrar as suas conquistas e a sua contribuição para a história do clube.
A comunidade benfiquista, marcada pela emoção e o respeito, prepara-se para homenagear Artur com gestos simbólicos e manifestações de carinho pela figura que, ao longo das décadas, se manteve fiel ao espírito do Benfica. Para a família e os amigos mais próximos, esta é uma perda irreparável, mas também uma oportunidade de celebrar a vida e o legado de um dos maiores nomes do futebol português.
Artur , com a sua dedicação e talento, elevou o Benfica a novas alturas, e essa grandeza continuará a ser lembrada por todos aqueles que o acompanharam e que o admiraram. Seu nome estará, para sempre, associado às páginas mais gloriosas da história do futebol português.
Agora, a missão do Benfica e de todos os seus adeptos é garantir que o legado de Artur continue vivo nas futuras gerações. O clube deve seguir em frente, com a certeza de que o espírito de conquistas e superação que ele representou nunca será esquecido.