A Polícia Judiciária de Aveiro desconfia que os suspeitos do desaparecimento de Mónica Silva apagaram informações cruciais nos telemóveis, possivelmente para evitar o rastreamento digital
A investigação sobre o desaparecimento de Mónica Silva continua a evoluir, com novos desenvolvimentos que apontam para um possível apagamento de dados digitais importantes pelos suspeitos, Fernando Valente e Manuel Valente. De acordo com informações reveladas pelo Correio da Manhã, a Polícia Judiciária de Aveiro acredita que entre os dias 2 e 8 de outubro de 2023, os telemóveis dos suspeitos tiveram os dados parcialmente apagados, incluindo informações de localização e percursos, o que dificultaria a tarefa das autoridades em rastrear os seus movimentos.
Os dados apagados pertencem à ferramenta Google Maps, que é frequentemente utilizada para determinar localizações e trajetos percorridos pelos utilizadores. A Polícia Judiciária suspeita que os suspeitos possam ter desativado a funcionalidade de rastreamento digital nos seus dispositivos, uma medida que visaria ocultar informações cruciais sobre os seus passos antes e após o desaparecimento de Mónica Silva. Segundo o Correio da Manhã, a investigação já conseguiu recuperar parte dessa informação apagada, e as autoridades agora têm acesso a dados que podem ajudar a esclarecer os eventos que ocorreram durante o período em questão.
Este apagamento de dados por parte de Fernando e Manuel Valente levanta ainda mais suspeitas sobre o envolvimento dos dois no desaparecimento de Mónica Silva. A possibilidade de os suspeitos terem tentado ocultar provas através do recurso à desativação do Google Maps e do apagamento de percursos levanta questões sobre as intenções dos envolvidos e como pretendiam dificultar a investigação. Embora parte da informação tenha sido recuperada, a Polícia Judiciária continua a analisar os dados recolhidos para tentar reconstruir os acontecimentos dos dias antes e após o desaparecimento da jovem.
Além da recuperação dos dados apagados, a investigação também foca em outros elementos de prova que possam ajudar a esclarecer o caso. As autoridades estão a trabalhar arduamente para traçar todos os movimentos dos suspeitos, e o apagamento de informações pode ser uma tentativa de cobrir os rastros deixados, dificultando a identificação de seus percursos e ações. A polícia ainda está a investigar outras evidências que possam ligar Fernando e Manuel Valente ao desaparecimento de Mónica Silva.
A complexidade da investigação aumenta com cada novo detalhe que surge, e a recuperação dos dados digitais pode ser uma peça-chave para esclarecer o que aconteceu entre os dias 2 e 8 de outubro. A Polícia Judiciária de Aveiro continua a trabalhar no caso, com a esperança de que as informações recentemente recuperadas possam ajudar a localizar Mónica Silva e trazer respostas à sua família, enquanto a investigação continua em curso para determinar a responsabilidade de Fernando e Manuel Valente no desaparecimento.