Morreu o músico Renato Júnior tinha 59 anos

 

Morreu Renato Júnior: Um Legado Inesquecível na Música Portuguesa

O mundo da música portuguesa está de luto com a morte de Renato Júnior. O músico e produtor faleceu esta terça-feira, dia 4, em Lisboa, aos 59 anos, vítima de uma morte se explicação, conforme revelou uma fonte ligada ao artista à agência Lusa.

Renato Júnior foi um nome incontornável na música nacional. No final de janeiro, apresentou em Lisboa o concerto Licence to Sing, um tributo aos temas dos filmes de James Bond, que contou com a participação de artistas como Mimicat e Rita Redshoes. O seu percurso inclui composições para televisão, cinema e teatro, além da produção de álbuns para nomes como UHF e Ney Matogrosso. Também esteve envolvido em espetáculos de homenagem a figuras icónicas como Natália Correia, José Carlos Ary  e Simone de Oliveira.

Nascido a 4 de janeiro de 1966, Renato Júnior iniciou a sua carreira musical ainda jovem, estudando no Conservatório Nacional e na Academia de Amadores de Música. Aos 16 anos, tornou-se profissional e integrou a orquestra juvenil da Sociedade Filarmónica União e Capricho Olivalense como clarinetista e baterista. A sua estreia profissional deu-se em 1985 no Teatro Aberto, com as peças UBU 2002 Odisseia no Terreiro do Paço e O Jardim das Cerejas.

Ao longo da sua carreira, fundou várias bandas, como Odisseia Latina, Kan Kan Klan, Ópera Nova e Barbarella, além de ter feito parte dos UHF. Trabalhou extensivamente como produtor musical para Filipe La Féria e foi responsável por músicas de telenovelas, programas infantis e séries juvenis. Produziu também para Operação Triunfo, da RTP1, e compôs músicas para publicidade.

Nos últimos anos, Renato Júnior destacou-se com projetos que deram voz a grandes temas sociais. Em 2019, lançou o álbum Uma Mulher Não Chora, com participações de Ana Bacalhau, Rita Redshoes e Kátia Guerreiro, numa mensagem contra a violência de género. Em 2024, apresentou A Mulher é uma Arma, espetáculo que celebrou as conquistas das mulheres na Revolução dos Cravos, envolvendo artistas como Sofia Escobar, Viviane e Luanda Cozetti. Durante a pandemia, criou uma plataforma de apoio a artistas e técnicos, ajudando a angariar fundos para entidades como a União Audiovisual e a Casa do Artista.

Renato Júnior deixa um legado incontornável na música e na cultura portuguesa, sendo recordado como um artista de excelência e um defensor incansável das artes e da sociedade.