Cantor admite canções plagiadas, mas critica relançamento do caso dez anos depois
Tony Carreira, de 61 anos, voltou a falar sobre as acusações de plágio que lhe foram dirigidas ao longo da carreira, desta vez no podcast “Posto Emissor”, da revista BLITZ. O cantor romântico português recordou o processo que o envolveu em 2008 e garantiu que tudo ficou resolvido na altura, através de um acordo com a Universal e a Sociedade Portuguesa de Autores (SPA). Ainda assim, lamenta que, dez anos mais tarde, o assunto tenha sido reavivado, alegadamente por vingança de terceiros.
No decorrer da entrevista, Tony Carreira admitiu que, entre as acusações de plágio, há canções que efetivamente foram consideradas ilícitas. “Há ali umas canções que eu não posso negar que são plágio. Aí não há dúvida”, reconheceu, sublinhando que este capítulo tinha ficado encerrado. “Em 2008, eu fiz um acordo com a Universal/SPA, onde aquilo ficou resolvido”, acrescentou, referindo-se ao entendimento que colocou um ponto final na disputa legal.
O problema ressurgiu, segundo o artista, quando uma editora decidiu lançar um CD que aparentava ser um tributo a Tony Carreira, mas cuja capa induzia o público em erro, apresentando o nome do cantor em destaque. “O que foi dito àquela editora foi: ‘Nós não vamos proibir o disco, mas esta capa induz em erro, então retifiquem porque assim não vamos aceitar’”, explicou. A retirada do CD do mercado terá levado o responsável pela edição a retaliar, recuperando as antigas alegações de plágio e aumentando o número de canções supostamente ilegais.
O cantor considera que esta situação se tratou de uma vingança pura e simples. “Ele só pegou naquilo por vingança porque, infelizmente, deixou de ganhar dinheiro”, afirmou, referindo-se ao facto de o produto ter sido retirado das lojas. Apesar de tudo, Tony Carreira mantém que as músicas em questão eram apenas cinco, contrariando números mais elevados que circularam na altura.
A polémica, que durante anos marcou a imagem do intérprete de temas românticos, voltou assim a ser tema de conversa, mas Tony Carreira garante que o assunto, do seu ponto de vista, está encerrado. Ainda assim, o cantor fez questão de clarificar o que entende ser uma injustiça: “Simplesmente era uma vingança porque retiraram do mercado um CD que enganava o público, nada mais”, rematou, convicto de que não havia fundamento para reabrir o caso.