Vladimir Putin
A trágica história de Maria Ivanovna Shelomova Putina, que sobreviveu a um dos períodos mais sombrios da Segunda Guerra Mundial
A mãe de Vladimir Putin, Maria Ivanovna Shelomova Putina, viveu uma das histórias mais dramáticas do Cerco de Leningrado, um dos momentos mais devastadores da Segunda Guerra Mundial. Durante o bloqueio imposto pelas tropas nazistas, que durou cerca de 900 dias, milhões de civis russos morreram devido à fome, frio e bombardeamentos. Maria esteve à beira da morte e chegou a ser colocada numa fila para ser enterrada viva, após ter sido dada como morta.
O Cerco de Leningrado, que ocorreu entre 1941 e 1944, foi uma das estratégias mais brutais de Adolf Hitler, que pretendia dizimar a cidade e seu povo. Durante esse período, Maria perdeu o seu filho mais velho, Viktor, que foi separado da família e entregue a uma instituição do estado soviético na esperança de que tivesse melhores condições de sobrevivência. Infelizmente, Viktor morreu de difteria, uma doença infeciosa, e foi enterrado numa vala comum.
A escassez de alimentos e os bombardeamentos constantes fizeram com que os corpos se acumulassem pelas ruas da cidade. Os coveiros não conseguiam enterrar todas as vítimas a tempo, resultando em montes de cadáveres. Foi nesse cenário apocalíptico que Maria Putina, gravemente debilitada, foi confundida com uma das vítimas fatais. Segundo relatos, apenas a intervenção de moradores que perceberam sinais de vida conseguiu resgatá-la da morte iminente.
Enquanto Maria lutava para sobreviver ao horror de Leningrado, o seu marido, Vladimir Spiridonovich Putin, combatia na linha da frente como soldado do Exército Vermelho. A tragédia pessoal da família Putin reflete a dor de milhões de cidadãos soviéticos que sofreram durante o bloqueio. Até hoje, Vladimir Putin recorda com emoção a perda do irmão e a resiliência da sua mãe, que enfrentou a morte e sobreviveu para contar a sua história.
O Cerco de Leningrado é considerado um dos episódios mais mortíferos da Segunda Guerra Mundial, com mais de 1,5 milhão de vítimas. A história da mãe de Putin é um testemunho impressionante da resistência e do sofrimento do povo russo nesse período sombrio da história mundial.
